
Disco "Equatorial, Quente e Úmido"

Release Equatorial, Quente e Úmido
Situada próxima à linha do Equador, quem já visitou Belém, a capital do Pará, sabe bem que o clima é quente e úmido. Resultado: calor e chuva o ano inteiro. Calor e suor que podem ser ainda maiores com a música dançante produzida na região. Sofrendo influência direta da música latina com muitas cúmbias e merengues, a música paraense é um convite para dançar e deixar o clima ainda mais quente.
É exatamente essa música contagiante, uma mistura da música latina com a sonoridade amazônica, que está presente no “Equatorial, Quente e Úmido”, primeiro disco solo do guitarrista, percussionista, compositor e produtor musical paraense Félix Robatto.
O artista dá início a sua carreira solo com um disco feito para dançar e se divertir, que entrelaça três grandes referências do artista: a marcante música paraense com Carimbós, Bregas e Guitarradas, a dançante música latina com Cúmbias, Merengues e Cadence Lypso e uma pegada de Surf Music, forte referência no trabalho do músico, que começou quando estava a frente da banda La Pupuña.
Após comandar a banda que circulou pelo Brasil e pelo mundo com sua Guitarrada Progressiva, ex-produtor da cantora Gaby Amarantos (Félix produziu o disco “Treme”, indicado ao Grammy Latino 2012 na categoria Melhor Disco de Raízes Brasileiras) e produtor do último disco da cantora e compositora Lia Sophia, Félix deu início a sua carreira solo com um disco quente e contagiante, que mistura suas influências e condensa os trabalhos anteriores. Apesar do regionalismo ser bem presente, “Equatorial, Quente e Úmido” é pop, universal, tem uma sonoridade apurada e forte referência da música latina, área de pesquisa do artista.
“Depois de 18 anos de carreira, este meu disco solo é um recomeço, mas agora com mais propriedade. O disco realmente está com a minha cara. São minhas referências, meus gostos. Por isso é tão clara a pegada mais nervosa, a guitarra mais suja e percussão, que é meu instrumento de origem, mais na cara”, comenta Félix.
Com 12 faixas, 9 são de autoria do artista. As letras irreverentes são acompanhadas por um som contagiante feito para dançar e divertir. Totalmente produzido em Belém (terra natal de Robatto) e gravado por músicos que fazem parte de sua banda, o disco teve direção vocal da cantora, compositora e instrumentista Lia Sophia, parceira do artista (Félix dividiu com ela a direção do último disco de Lia).
O CD também tem participações especiais. O jovem rapper carioca que mora nos Estados Unidos, Josbi, improvisa na cumbia funkiada “Funkia”. A versão da música “Baiuca´s Bar”, de autoria de Ruy Barata e Paulo André Barata, tem a participação do próprio Paulo André, renomado compositor paraense, que teve suas músicas descobertas pelo Brasil na voz de Fafá de Belém. Ele e seu pai (Ruy) são autores de músicas como “Foi Assim” e “Esse Rio é Minha Rua”, sucessos interpretados pela cantora.
A música de trabalho “Eu quero Cerveja”, de autoria do artista, é uma síntese do disco: letra bem humorada, ritmo contagiante e pop. Com “Equatorial, Quente e Úmido”, Félix Robatto apresenta uma síntese da atual música paraense e é um convite para sair dançando e cantarolando por aí.
Faixa a faixa
A faixa que abre o disco é “Ilha do Marajá” é um Carimbó com Cadence Lypso, uma mistura do Kompá com Calypso. Composta por Félix, destaca sopros e bateria.
A segunda faixa é a música de trabalho do artista. “Eu quero Cerveja”é uma Eletrocumbia (Cúmbia eletrônica) com uma pegada bem pop. Também composta por Félix, a música já possui um clipe e cai no gosto do público por onde o artista faz show.
“Amazônia Big Rave”, a terceira faixa, é uma Cúmbia psicodélica, feita na época da banda Félix y Los Carozos, grupo que Félix criou no intervalo entre o fim do La Pupuña e quando assumiu a produção de Gaby Amarantos. A letra curta, em inglês, valoriza o instrumental da música que é bem psicodélica.
A quarta faixa, “Uma Guitarra e um Guitarreiro”, é a música que mais se aproxima ao trabalho do La Pupuña. O próprio nome é uma referência ao gênero musical que o La Pupuña resgatou, a Guitarrada, e foi composta por Félix buscando transmitir o clima das festas da época da banda. Essa Cadence Lypso é a mais eletrônica de todas as faixas.
A quinta faixa é uma regravação de uma música do criador da Guitarrada, Mestre Vieira. “Loirinha” foi gravada em 1985 para o disco “Vieira e seu Conjunto”. Félix regravou a música que reflete bem a guitarrada com uma pegada de surf music.
É a música mais calma do disco. A sexta faixa é uma balada havaiana instrumental. “Pitelzinha” é uma homenagem à filha mais nova de Félix que visitava o estúdio durante as gravações do disco. Na época apenas com 8 meses, a bebê faz participação especial na música com seus grunhidos.
Outra regravação do disco é “Hawaii Five-0”, música tema do famoso seriado de tv “Hawai 5.0”, de Morton Stevens. Nesta versão, ela ganhou uma pegada de Cúmbia e Guitarrada, além da Surf Music, que sempre foi uma influência para o artista.
A oitava faixa é a versão de Félix para “Baiuca´s Bar” que conta com a participação especial de Paulo André Barata com quem Félix trabalhou diretamente em 2011 durante o projeto que reunia grandes nome das música paraense Terruá Pará (Paulo André foi artista participante e Félix fez parte da banda base e foi assistente de direção de Carlos Eduardo Miranda). Robatto quis regravar essa música que fazia parte do repertório do Los Carozos mantendo basicamente o mesmo arranjo, mas atualizando de forma mais eletrônica e com uma presença mais marcante da guitarra.
“Cabeça Relax e Fígado Total Flex” é uma das letras mais bem humoradas do disco que tira onda com as pessoas que costumam beber e fazem besteira. A música é uma brincadeira que faz referência ao Faroeste Spaghetti, filmes de faroeste feitos na Itália.
A décima faixa “Funkia” é uma Cúmbia funkiada que foi composta por Félix no Brasil e ganhou letra em Nova York, escrita pelo rapper carioca Josbi, que mora atualmente n os Estados Unidos. A parceria dos dois surgiu em São Paulo em um evento internacional de música promovido pela Red Bull.
“O Barbudo” segue a escola do brega que também esteve presente no La Pupuña e agora ganhou uma versão pastelão. A música foi composta durante as gravações do disco e surgiu em cima da hora, minutos antes de gravar. Foi composta por Félix, o tecladista Marcelo Negrão, o baixista Adalberto Jr e o operador de áudio, Ulysses Moreira. É um brega caricato e a letra brinca com o visual do artista, barbudo convicto.
O disco encerra com uma faixa bônus que é “Yo quiero Cerveja”, versão em espanhol da música “Eu quero Cerveja”.
O que estão falando sobre o disco:
O Estado de São Paulo (SP): http://bit.ly/1Rc7oFF
Noisey (SP): http://bit.ly/1JO8gu4
Jornal O Dia (RJ): http://bit.ly/1NHh5X2
Diário do Pará: http://bit.ly/1CSTAE3